A vacina é a forma mais eficaz de evitar o vírus h1n1, explica o infectologista Antônio Bandeira

A vacina é a forma mais eficaz de evitar o vírus h1n1, explica o infectologista Antônio Bandeira

Desde o dia 03 de junho, o Ministério da Saúde estendeu a vacina contra a gripe h1n1 para toda a população, até quando durarem os estoques, nas unidades públicas de saúde. A medida evitará o desperdício de dose nas localidades que não atingiram a meta de 90% de imunização do público-alvo.
A escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo formado por gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento. Esse grupo teve entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade.
Como explica o infectologista do Hospital Aeroporto, Dr Antônio Bandeira “o grupo definido como prioritário é formado por pessoas que são mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias, risco de complicações e aumento da mortalidade.”

Diferença de sintomas entre resfriado e gripe influenza
A influenza tem sintomas mais intensos como forte dor de cabeça, dor de garganta, febre e tosse seca, que começa irritativa e pode evoluir para secreção, já os sintomas do resfriado estão mais relacionados ao comprometimento do nariz, com produção de coriza, e normalmente se caracteriza por sintomas mais leves, sem febre.

Dr Bandeira reforça a importância da prevenção “A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença”, sintetiza o médico, completando com algumas medidas gerais que podem ser adotadas para prevenir como: a frequente higienização das mãos, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.

Reações a vacina
A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina, e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença.
No entanto, como explica Dr bandeira, é comum que após a vacinação a pessoa sinta alguma dor no local da injeção, que pode durar alguns dias, e sintomas leves de virose, pois é durante esse processo que acontece a produção de anticorpos da vacina, aumentando a resposta do sistema imunológico ao benefício da vacina.

Casos de gripe no Brasil
Neste ano, até 11 de maio, dados do Ministério da Saúde registraram 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A (H1N1) pdm09, com registro de 407 casos e 86 óbitos.
A Bahia registrou, este ano, nove mortes em decorrência do vírus Influenza. Todas elas em Salvador.
“Atualmente a mortalidade por H1N1 é maior entre as pessoas que não estão no grupo prioritário, principalmente porque não se vacinam, e também, pelo número absoluto da população ser maior nessa faixa etária. Toda essa discussão tem levantado a necessidade do Ministério da Saúde de expandir a vacina para toda população na rede pública”, finaliza o médico.