Hospital Aeroporto chega a marca de 100 altas de pacientes recuperados da Covid-19

Hospital Aeroporto chega a marca de 100 altas de pacientes recuperados da Covid-19

Após 100 dias da chegada do primeiro paciente com Covid-19 ao Hospital Aeroporto, a instituição realiza a centésima alta com a paciente Maria José, que também é médica da emergência do hospital. Nesse período, muita coisa evoluiu. A pandemia de Covid-19 trouxe transformações sem precedentes. Os hospitais foram desafiados a implantar mudanças rápidas em infraestrutura, equipe e protocolos clínicos.

Em paralelo às demandas provocadas pelo grande número de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19, as outras doenças continuaram a chegar, cirurgias precisaram ser realizadas e acidentes continuaram a acontecer e, assim, foi necessário criar um “novo hospital” para atender todos os pacientes com segurança.

A diretora técnica da instituição, Eliane Noya, explica esse novo contexto, “passamos a ter dois hospitais em um, 3 rotas diferentes para atendimento aos pacientes, 2 emergências funcionando simultaneamente, 3 UTI implantadas e alas de internamento separadas, o que garantiu segurança no atendimento a todos os pacientes e para a equipe de trabalho.”

A médica ponderou ainda alguns fatores que provocaram grande impacto financeiro para o hospital: a ampliação e o remanejamento de equipes para atender as diversas unidades e cobrir o afastamento dos profissionais afastados por licença médica, a elevação dos preços e escassez de insumos, como EPIs e medicamentos.

100 dias de pandemia

O Hospital Aeroporto chega a 100 dias de pandemia, com 100 altas hospitalares, 100 vitórias da equipe de profissionais. Heróis na luta cotidiana contra uma doença grave, multifacetada e avassaladora para alguns pacientes.

A pandemia provocou uma inédita produção de estudos em todo o mundo e a equipe médica está atenta e alinhada com as evidências científicas, relacionando-as com a experiência prática adquirida na linha de frente do tratamento dos pacientes críticos.

Hoje, os médicos estão mais confiantes e otimistas com os resultados dos tratamentos realizados, a Covid-19 se apresenta de forma muito diversa em cada paciente, mas já se tem mais segurança para lidar com os pacientes críticos, a equipe de cuidados intensivos possui mais domínio da situação com o desenvolvimento de protocolos, mesmo considerando que a evolução de cada paciente é diferente e exige um plano de cuidado individual.

Centésima alta de paciente recuperado da Covid-19

A alta de número 100 foi da médica Maria José que ficou internada e conta um pouco da experiência de estar do outro lado “Eu fiquei internada por três dias na UTI e mais cinco dias em apartamento, recebi um tratamento maravilhoso da equipe do hospital, em termos de informação e acesso as opções de tratamento. Realmente é um momento que a gente fica muito vulnerável, com medo de tudo que pode acontecer, eu estava em cima de uma cama, respirando mal, tossindo muito e realmente esse apoio da equipe foi essencial no meu processo de recuperação. Quero agradecer ao atendimento da equipe médica, de enfermagem e de fisioterapia. Agora, estou feliz de estar em casa e completando o meu período de isolamento”.

Para Eliane Noya, a alta de número 100 marca uma etapa importante da luta de pacientes contra a Covid-19 e a alegria do reencontro de cada uma dessas famílias.  É também um reconhecimento ao trabalho incansável de toda equipe do hospital que se preparou para o enfrentamento da pandemia.