Procedimento cardíaco menos invasivo é realizado no Hospital Aeroporto

Procedimento cardíaco menos invasivo é realizado no Hospital Aeroporto

Implante Transcateter Valvar Aórtica – conhecido pela sigla em inglês TAVI, é um procedimento cardíaco minimamente invasivo para o tratamento da estoenose aórtica calcificada e degenerativa no idoso, ou seja, é uma alternativa para o tratamento de problema na aorta, a maior e mais importante artéria de todo o sistema circulatório do corpo humano, sem que seja preciso fazer uma cirurgia cardíaca aberta (evitando, assim, os riscos envolvidos).

Considerado um procedimento inovador e seguro, desde 1º de abril, a ANS o incluiu no rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. Essa abordagem operatória oferece maior rapidez e segurança, com taxas mais baixas de morbidade e mortalidade, benefícios ainda mais consideráveis pela idade avançada dos pacientes.

“O procedimento já era aprovado e consagrado em outros países, com robusta evidência na literatura médica e, agora no Brasil, com certeza é um ganho para os pacientes idosos que terão à disposição uma tecnologia menos invasiva e com mais segurança para tratar a cardiopatia”, explica Paulo Ribeiro, médico cardiologista e intensivista que conduziu a equipe cirúrgica.

CARDIOPATIA COMUM EM IDOSOS

O Dr. Paulo Ribeiro explica que essa é uma patologia comum em pacientes acima de 60 anos, principalmente depois dos 70 anos, já que a aorta é a principal válvula do coração, responsável por transportar o sangue para todas as partes do corpo e, com o envelhecimento do indivíduo, ocorre o estreitamento da válvula que vai se calcificando, começa a sobrecarregar o músculo do coração, por isso, a necessidade de desobstruir essa válvula que não está dando passagem para o sangue – patologia chamada de “estenose da válvula aórtica”.

“O TAVI é uma alternativa à cirurgia aberta do tórax, o procedimento oferece menos riscos ao paciente, menos tempo de internamento, recuperação mais rápida e aumento da sobrevida. Em pacientes que é possível realizar esse procedimento, implante na válvula aórtica por via percutânea, já não se faz mais a cirurgia cardíaca tradicional”, destacou o especialista.

VANGUARDA NA REGIÃO

Realizado pela primeira vez no Hospital Aeroporto, o procedimento ocorreu na sala de hemodinâmica do centro cirúrgico, recém reformado e modernizado, com uma equipe multidisciplinar especializada formada por médicos cardiologistas, intensivistas, anestesiologistas, ecocardiografistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

“É um procedimento de alta complexidade, que tem a necessidade de equipamentos específicos e equipe especializada, ter todo esse suporte no Hospital Aeroporto é um avanço importante para o sucesso do tratamento,” destacou o Dr. Roque Aras, coordenador do serviço de cardiologia do hospital.