Doenças cardiovasculares têm aumentado entre as mulheres

Doenças cardiovasculares têm aumentado entre as mulheres

Fonte: coracaoevida.com.br

A cada 40 segundos, uma pessoa morre vítima de doenças cardiovasculares, chegando a 350 mil anualmente. No último ano morreram 65.224 homens e 46.625 mulheres por infarto, que antes era considerado um problema mais frequente entre o público masculino, mas têm aumentado entre o público feminino.

As mulheres acima dos 60 anos morrem de quatro a seis vezes mais do coração do que de câncer de mama e de colo de útero, apesar destas últimas serem a doença que mais preocupa o sexo feminino, é o que aponta a Sociedade Brasileira de Cardiologia.  Há cinquenta anos, de cada dez mortes por infarto nove eram homens e uma mulher. Nos últimos seis anos, essa proporção está em seis homens e quatro mulheres.

Atualmente, no Brasil, 42% das pessoas que infartam e morrem são mulheres. Isso porque os sintomas mais conhecidos do infarto do miocárdio nem sempre estão presente nas mulheres, o que pode fazer com que o problema passe despercebido e atrase o diagnóstico e tratamento, aumentando os riscos de infarto. Com números tão alarmantes, é mais do que necessário que as mulheres fiquem alertas à saúde cardíaca, principalmente as que já entraram na menopausa.

Nesta fase da vida, ocorre uma queda acentuada do estrogênio, hormônio que tem como uma de suas funções regular o colesterol no organismo da mulher. A queda nos níveis do hormônio favorece o aumento do colesterol ruim e a baixa do nível de colesterol bom no sangue. A “gangorra” faz com que o colesterol se acumule nas artérias e interrompa o fluxo sanguíneo, facilitando o infarto. Essas mudanças fazem da menopausa um período crítico para problemas cardíacos nas mulheres, mas a mortalidade por doenças cardiovasculares em um grupo mais jovem vem surpreendendo os cardiologistas.

Se a mulher tem fatores de risco como hipertensão arterial, tabagismo, obesidade, diabetes e sedentarismo, além de predisposição genética, é recomendável procurar um médico cardiologista a partir dos 30 anos para fazer uma avaliação.

Neste vídeo, o médico cardiologista Roque Aras, coordenador do setor no Hospital Aeroporto, explica os principais sintomas, as recomendações de prevenção e tratamento para o paciente.